Maestro, compositor e clarinetista, Luís Carvalho distingue-se como um dos mais versáteis músicos portugueses da sua geração. Apresentou-se em recitais e concertos um pouco por todo o mundo, muitas vezes estreando as suas próprias obras e de outros compositores contemporâneos portugueses e estrangeiros, várias das quais tendo-lhe sido expressamente dedicadas. Doutorado em Música pela Universidade de Aveiro, foi galardoado em diversos concursos, destacando-se o «Prémio para o melhor aluno do curso» (ESMAE/Porto/1994), o «Concurso de Interpretação do Estoril» (2001), o «4º Concurso Internacional de Composição da Póvoa de Varzim», pela sua obra orquestral Metamorphoses... hommage à M. C. Escher (2009), e o «1º Prémio de Composição Francisco Martins» da Orquestra Clássica do Centro (Coimbra/2017) por Mosaico, também para orquestra. Foi ainda vencedor da «Audição para Jovens Maestros» organizada pela Orquestra Metropolitana de Lisboa (2010), nomeado para o Prémio Autores da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA/2012) por outra obra orquestral, Nise Lacrimosa, e em 2013 distinguido pelo jornal nortenho «Audiência» com o Troféu Prestígio, pela sua carreira dedicada à música.
Dirige as mais importantes orquestras nacionais, e no estrangeiro apresentou-se na Rússia, Hungria, Eslováquia, Itália, Espanha e Finlândia. É fundador e director artístico/musical da Camerata Nov'Arte (Porto), grupo com o qual realizou duas aclamadas digressões internacionais, ao Brasil (ES - Espírito Santo) em 2013, e à Eslováquia em 2019. Colabora regularmente com conceituados solistas nacionais e estrangeiros, tendo participado nos mais destacados festivais nacionais: Estoril, Alcobaça (Cistermúsica), Póvoa de Varzim, Espinho, Algarve, Paços de Brandão, Guimarães, Marvão, Festivais de Outono (Aveiro), Dias da Música (CCB), Festival Jovens Músicos (RDP-Antena 2/Lisboa). No estrangeiro apresentou-se no Festival de Macau, Festival de Inverno de Domingos Martins (Brasil), Festival Musica de Estrasburgo (França), ClarinetFest-Madrid (Espanha) e Musique en Guyenne (Monflanquin/ França).
O repertório que aborda é vasto e ecléctico, estendendo-se do barroco à contemporaneidade, e inclui várias primeiras audições absolutas. No campo da música cénica a sua experiência inclui as estreias mundiais das óperas Auto da Fundação de Coimbra (Coimbra-2004), de Manuel de Faria, e Repetição do Fim do Mundo - Ópera Real (Porto-2019), esta uma obra colaborativa entre quatro compositores portuenses (Telmo Marques, Eugénio Amorim, Carlos Azevedo e Dimitris Andrikopoulos). Outras produções incluem La voix humaine (Poulenc), Il secreto de Susanna (Wolf-Ferrari), Pierrot Lunaire (Schoenberg) e História do Soldado (Stravinsky).
Igualmente reconhecido como compositor, obras suas têm sido apresentadas um pouco por toda a Europa (Portugal, Espanha, França, Itália, Bélgica, Holanda, Alemanha, Eslovénia, Eslováquia, Croácia) e América do Sul (Venezuela, Brasil), por intérpretes e agrupamentos de reconhecido mérito. O seu catálogo, maioritariamente editado pela AvA-editions (Portugal) e Molenaar (Holanda), inclui obras para orquestra, banda, música de câmara, solos e diversos arranjos, orquestrações e revisões, a maioria das quais resultante de encomendas de importantes instituições ou grupos e solistas de craveira. No âmbito da sua investigação para doutoramento concebeu uma «reinvenção dos esboços para grande ensemble», baseada nos rascunhos deixados por Gustav Mahler para a derradeira e inacabada Sinfonia nº10, em fá# maior. Esta nova versão foi estreada pelo próprio dirigindo a Camerata Nov'Arte (Junho/2014).
Luís Carvalho participa em cerca de uma vintena de CD's, quer como clarinetista, maestro ou compositor, e em etiquetas como NUMÉRICA, CASA DA MÚSICA, AFINAUDIO, PUBLIC ART e MOLENAAR.
É docente da Universidade de Aveiro.
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