Pela Lei e Pela Grei

Notas de Programa

A marcha: Pela Lei e Pela Grei
O Cap. Silva Dionísio e a importância de ser compositor

Essa marcha surgiu acidentalmente, ou quase. Na época (1970) na banda da GNR criou-se uma ideia de que ser compositor era algo de muito importante. O Chefe da banda, nessa altura, Cap. Silva Dionísio entendeu que qualquer naipe deveria apresentar uma marcha militar para ver se resultaria e ver se havia alguém com vocação para essa área. Eu era o mais novo na percussão e os meus colegas incitaram-me e convenceram-me a fazer uma marcha. Aceitei o desafio e aos poucos fui fazendo qualquer coisa. Entendi que, como era percussionista, deveria dar relevo ao naipe da percussão. Idealizei a percussão, fiz a melodia, e na parte harmónica falei com um amigo meu para a analisar, dado que nessa área não tinha experiência. Com pequenas alterações sugeridas por esse meu amigo, terminei a marcha. Levei-a para a banda e um dia de manhã, antes do ensaio, com os meus colegas da percussão ensaiamos a parte que nos dizia respeito, que era a mais importante. Chegou a hora e experimenta-mo-la na banda. Foi um sucesso avassalador. Entre os colegas elegeram-na como a premiada entre as apresentadas. Passou a chamar-se "Pela Lei e Pela Grei" visto ter sido composta por um elemento da Banda da Guarda. E foi assim que a fiz. Correu as bandas militares, as filarmónicas e até o mundo. Neste momento, cedi todos os meus direitos, como autor da marcha, à empresa Cardoso & Conceição de Santa Maria da Feira. É local ideal para continuar a divulgação.