A família de Duarte Pestana ia passar férias a Gouviães. Ele estava casado e os
irmãos solteiros bem como o primo Mário Ferreira. Todos iam passar férias no mês de
Setembro onde colaboravam nas vindimas. Os pais das "meninas casadoiras" viam nos 4
irmãos de Duarte uma porta de saída para a cidade das suas filhas. Assim, eram
frequentemente convidados a irem a suas casas. O Mário e o Duarte resolver am fazer uma
peça com o enredo destas "escapatórios dos rapazes às raparigas". Resolveram faz er um
apanhado de todas as partes cómicas dos rapazes e fazer uma peça de teatro. Era na
"Casa do Paço" que tinha uma igreja (esta era anterior ao tempo de D. Afonso
Henriques). A família Ferreira Pestana era dona desta casa e fez uma divi sória que a
separava da igreja. Junto desta havia um cemitério. A "Casa do Paço", embora
pertencente a um irmão da avó de Américo Ferreira, era uma casa que era pouco
habitada. No 1º andar tinha uma sala muito grande onde resolveram fazer o teatro. O
Mário fez o argumento, o Duarte fez a música, juntaram a Filarmónica e fizer am um
grande espectáculo. Da música do teatro nasceu a Fantasia "Uvas do Douro". Uma cena
que aparecia no teatro era a de uma mulher que foi pisar vinho para junto dos homens e
um deles passou uma rasteira e esta sentou -se no lagar. No teatro a música tinha a
seguinte letra: "Eu também conheço uma, Que molhou o às de copas". A organização
destas músicas deu origem à Fantasia. Foi uma maneira de divertir a população local.