Anne Victorino d' Almeida nasceu a 15 de dezembro de 1978, na localidade de Poissy, em França. É a filha mais nova do compositor António Victorino d' Almeida e de Sybil Harlé, e irmã da atriz e política Inês de Medeiros e da também conceituada atriz Maria de Medeiros.
Desde muito nova que demonstrou interesse em estudar as artes musicais, tendo aos quatro anos de idade frequentado aulas de piano na cidade de Viena, na Áustria, onde vivia. Em 1983, a família veio para Portugal e, com sete anos, ingressou na Fundação Musical dos Amigos das Crianças, onde estudou violino com Inês Barata durante cerca de onze anos. Terminou depois o 8.º grau naquele estabelecimento de ensino, sob a orientação da professora Leonor Prado.
Em 1997 estudou no Conservatório Regional de Rueil-Malmaison, em França, onde teve como professor Dominique Barbier. Em 1999 entrou na Academia Nacional Superior de Orquestra, na classe de Agnès Sárosi, tendo em 2003 terminado a sua licenciatura. Em 2001 fez um estágio de orquestra, na posição de concertina, orientado pelo maestro Omri Hadari. Em 2004, terminou o primeiro ano de direção de orquestra, na Academia Nacional. Continuou os seus estudos musicais ao longo da sua carreira, tendo frequentado vários cursos e classes com violinistas e professores de renome, incluindo James Dahlgreen, Gerardo Ribeiro, Galina Turchaninova e Maxim Vengerov.
Ao longo da sua carreira, participou com frequência em várias orquestras, incluindo a Metropolitana de Lisboa, a Sinfonietta e a Orquestra da Gulbenkian. Foi igualmente uma das responsáveis pela criação do Quarteto do Conservatório Nacional, no qual tem igualmente colaborado em vários concertos. Em 2015, o Ciclo de Música Contemporânea da Guarda incluiu a estreia de várias obras pelo Síntese - Grupo de Música Contemporânea da Guarda, escritas pelos compositores Fernando Lapa, Jaime Reis e Anne Victorino d' Almeida. Também colaborou na fundação do Rumus Ensemble e do Quarteto Camões, desde 2015, e do Quarteto Lopes-Graça, entre 2004 e 2014. Participou como compositora residente no Festival Gravíssimo, em 2017.
Em 2019 lançou um disco de música de câmara, A Sombra dos Sentidos. Em maio de 2019, recebeu o prémio americano Harvey Phillips for Composition Excellence, pela sua obra Contos & Improvisos.
A Resolução do Conselho de Ministros n.º 108-A/2019, de 4 de julho, nomeou Anne Victorino d' Almeida e Alexandre Miguel Santos para vogais e André Moz Caldas para Presidente do Conselho de Administração da empresa pública Organismo de Produção Artística (OPART), que era responsável pela gestão do Teatro Nacional de São Carlos - TNSC e da Companhia Nacional de Bailado. Esta escolha foi comentada por André Albuquerque, do Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, do Audiovisual e dos Músicos, tendo classificado Anne Victorino d' Almeida como uma pessoa do setor, que tinha uma noção clara do que é o OPART, e que também poderia ajudar a contribuir para que o problema fosse resolvido rapidamente. André Albuquerque referia-se a uma greve dos trabalhadores daquela organização, devido a diferenças na carga de trabalho semanal entre o Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado, introduzidas pelo anterior Conselho de Administração.