Obra Vencedora do Concurso General Firmino Miguel 2005, organizado pelo Exército Português
Mars, Bellorum Dominus - Marte, o Senhor das Guerras
Marte era filho da deusa Juno que teve contactos com uma flor de poderes fecundativos, apanhando o mau génio da mãe. Era conhecido na antiga sociedade romana como o deus da guerra bruta, da violência, da dor e ironicamente da Primavera, tendo o mês de Março a origem do seu nome.
A sua paixão pela deusa Vénus levou-o a combater na Guerra de Tróia e a apoiar a facção troiana, quebrando a promessa que fez a Juno e Minerva, quando lhes jurou que ficaria no lado delas a favor dos gregos. Minerva era irmã de Marte e como este era também a deusa da guerra, no entanto duma guerra estratégica e cautelosa, bem como da sabedoria.
A inimizade dos dois irmãos levou-os a vários combates, terminando sempre com uma vitória da deusa. Para a Guerra de Tróia, Minerva leva o herói Diómedes que combate com Marte. Marte que era sempre acompanhado por dois dos filhos que teve com Vénus, Fobus e Deimus, é ferido e diz Homero na sua «Ilíada», que o doloroso grito do deus após ter sido esfaqueado por Diómedes foi equivalente ao berro de dez mil homens, afugentando os dois exércitos, o grego e o troiano.
O deus ferido foge para o monte Olimpo, onde pede a Júpiter para lhe sarar a sua ferida, mas Júpiter acusa Marte de ser o mais odioso dos deuses e que só lhe permite que a ferida sare por ser seu filho. Vénus, a deusa do amor, trata das feridas do seu amante.
A sua prontidão para a luta, leva Marte a ir ao encontro de Alirrócio, filho de Neptuno, quando este tenta raptar a sua filha Alcipe. Na luta, Marte mata o filho do deus dos mares e por ordem deste, é julgado pelas doze divindades. O assassino é absolvido em virtude de Alirrócio ter destruído todas as oliveiras plantadas nos campos. Ao sítio onde Marte foi julgado recebeu o nome de Areópago, que do grego significa «Colina de Marte».
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