Díptico para um Oceano apresenta dois quadros musicais unidos pelo mesmo objecto, a mesma ideia - o Oceano.

O primeiro quadro explora, de forma mais orgânica, o tecido orquestral como se de uma enorme massa de água se tratasse. Procura seguir o trajecto de uma onda e a sua transfiguração, desde o fundo do oceano até se dissipar abruptamente pelo vento.

O segundo quadro inicia-se com reminiscências do anterior. A força brutal mas magnífica do Oceano é agora apenas um rasto da sua beleza crua e fria. A utilização do brilho das secções das madeiras e metais é agora substituída pela incidência na percussão. Gestos simples mas repletos de brutalidade caracterizam esta secção, que lentamente atinge a serenidade.