João Quinteiro inicia os estudos de música no Conservatório Regional de Música de Viseu, onde se dedica, particularmente, ao estudo de guitarra clássica com Paula Sobral e de composição com o compositor José Carlos Sousa.
Entre 2004 e 2009 realiza a Licenciatura em Composição, na Universidade de Aveiro, onde estuda com João Pedro Oliveira, Isabel Soveral e Evgueni Zouldikine. Após concluir a licenciatura realiza um Mestrado em Filosofia, especializando-se em Estética, na FCSH - Universidade Nova de Lisboa, sob a orientação do Professor João Constâncio e do Professor Paulo Pereira de Assis, com a Dissertação Manifestações do sujeito-multiplicidade e do significado de Inconsciente em Fernando Pessoa na ópera "O Sonho", de Pedro Amaral. Simultaneamente, realiza o Mestrado em Composição na Universidade de Aveiro, sob a orientação da Professora Helena Santana, com a Dissertação GOT LOST, linguagem e percepção na obra de Helmut Lachenmann.
Estudou com o compositor Emmanuel Nunes, tanto na Fundação Gulbenkian como na Casa da Música no Porto, entre 2005 e 2010. Participou em workshops, seminários e conferências dos compositores Brian Farneyhough, Edson Zampronha, Staffan Mossenmark, Flô Menezes, Helmut Lachenmann and Beat Furrer.
Encontra-se, presentemente, a trabalhar no projecto de Doutoramento em Estudos Artísticos - Arte e Mediações, como Bolseiro da FCT e como Investigador Integrado do CESEM - FCSH na Universidade Nova de Lisboa, em cooperação com a Kunstuniversität Graz - onde se encontra presentemente a trabalhar - e com a Fondazione Archivio Luigi Nono, em Veneza, sob a orientação da Professora Paula Gomes Ribeiro, do Professor Paulo Pereira de Assis (Orpheus Institute em Gent) e do Compositor Beat Furrer (Kunstuniversität Graz), com o projecto de investigação Nono, Lachenmann, Mark Andre, a performance do corpo como mecanismo arquétipo de insurreição, genealogia da ópera depois de Darmstadt e o projecto de criação de ópera Regresso.
Como Investigador Integrado do CESEM - Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical é membro do Grupo de Teoria Crítica e Comunicação.
Desde 2015 lecciona as disciplinas de Análise e Técnicas de Composição e Acústica na Ourearte - Escola de Música e Artes de Ourém. Desde 2019 lecciona Teoria e Análise Musical, Física do Som e História e Cultura das Artes na Canto Firme, em Tomar
Participa regularmente como orador em sessões abertas e em conferências: de 2013 a 2015, como compositor convidado na orientação de sessões do projecto Omnia Mutantur da Associação Arte no Tempo, em Aveiro, onde apresentou as sessões Helmut Lachenmann: Consolation I, temA e Consolation II; Sobre uma memória de Emmanuel Nunes: o paradoxo de servir pela criação; Lachenmann e Nietzsche: Deus está morto vs. A música está morta; e Why do composers always find the need to justify themselves?. MTCC 2018, onde apresentou a conferência Nono-Lachenmann: Insurreição depois de Dramstadt, os desafios do perigo ou os perigos de desafiar. ENIM 2018, onde apresentou a conferência Entre o mágico e o documental na criação de ópera hoje. Música Analítica 2019, onde apresentou a conferência From intolerance towards intolerance to Prometheus's tragedy of listening: Revolution as composition methodology and praxis in Luigi Nono's non-operas e em 2021 o webinar Música de Vanguarda até Hoje
e depois ... Compôr Hoje [
também
] para [Orquestra de] Sopros.
Desde 2017 é Director da Associação Portuguesa de Compositores, onde se tem dedicado particularmente ao desenvolvido de projectos de divulgação e promoção da música de vanguarda em Portugal.
João Quinteiro teve a sua primeira obra estreada em 2007, no Seminário para Jovens Compositores da Fundação Gulbenkian, sob a orientação do compositor Emmanuel Nunes. Neste contexto estreia a Obra com título gráfico III, interpretada pela Orquestra Gulbenkian sob a direcção do Maestro Guillaume Bourgogne.
Desde então a sua música tem sido tocada e encomendada por formações e intérpretes nacionais como o Lisbon Ensemble 20/21, o GMCL - Grupo de Música Contemporânea de Lisboa, o OpuSpiritum Ensemble, Henrique Portovedo, André Correia, Marco Fernandes e formações internacionais como o Mise-en Ensemble (NY) e o Vertixe Sonora (Galiza).
joao.d.quinteiro@gmail.com