Artur Ribeiro Dantas

Artur Ribeiro Dantas nasceu em Valença do Minho em 17 de Fevereiro de 1886, na freguesia de Santa Maria dos Anjos. Era filho de Casimiro Ribeiro e D. Angelina Rosa Ribeiro. A 17 de Abril de 1902, com 16 anos, aconselhado por um seu tio que lhe ministrou os primeiros ensinamentos de música, alistou-se no Exército, como voluntário no Regimento de Infantaria 24. Foi músico de 3ª Classe em Inf.ª 20, em Guimarães, e era Músico de 1ª Classe em Setembro de 1914, em Inf.ª 29, Évora. De 22 de Abril de 1917 a 8 de Novembro de 1918 fez parte do Corpo Expedicionário Português em França durante a Primeira Grande Guerra. Em 20 de Março de 1920 foi promovido a Alferes Chefe de Música e colocado em Infantaria 32, Guimarães, onde havia casado. Aí permaneceu apenas um ano, apresentando-se em 20 de Abril de 1921, em Infantaria 20, Guimarães, onde viria a ser promovido a Tenente Chefe de Música em 22 de Março de 1924. Em 25 de Outubro de 1926 foi transferido para o Regimento de Infantaria 4, Tavira. Aí regeu também a Banda Municipal, havia pouco criada. Em 16 de Julho de 1927, foi transferido para o Regimento de Infantaria 3, Viana do Castelo. A 30 de Junho de 1936, foi promovido a Capitão Chefe de Música, tendo passado à situação de Reserva em 31 de Dezembro de 1937.
Compositor distinto e competente regente, Ribeiro Dantas escreveu partituras de grande valor no seu género, que hoje jazem adormecidas em arquivos de muitas bandas militares e civis de Norte a Sul do país. Eis alguns títulos da sua extensa obra: a abertura Primavera (Viana do Castelo [V.C.] 1941); a abertura sinfónica Princesa do Lima (V.C. 1939); as fantasias Ao Pôr do Sol (3ª classe de Inf.ª 20), Amazona (V.C. 1940), Bodas de Prata, Bosque Misterioso, Fantasia de Clarinete, Milaneza (Guimarães, 1908), No Bosque (Évora, 1915), Adeus Penafiel (1926?); as marchas de concerto Castelo de Almourol (V.C. 1941), Esposa Carinhosa (V.C. 1942) Saudação a Mondariz (V.C.); marchas diversas em andamento ordinário: Abaixo o Bigode (1932), Alhambra (V.C. 1934), Amigo de Peniche, Asa de Mosca (V.C. 1931) Cinéfilo (V.C. 1934), Colonial, Diplomata, Em Frente, O Aeronauta, O Ciclista (V.C. 25-10-1935), O Conquistador (1938), O Faísca, O Favorito (V.C. 1940), Fauquissart, O Raiano (V.C. 1932), O Restaurador (V.C. 1938), O Telefonista, O Vegetariano, O Vianense (V.C. 1939), O Rio Lima (V.C. 1939), O Atleta (V.C. 1939), O Bombardeiro (V.C. 1941), O Hípico (V.C. 1934), O Sinaleiro (V.C. 1935), Saudação a Tavira (1929), O Folgasão, O Legionário, O 3 de Infantaria; marchas graves como Nossa Senhora de Fátima (V.C. 1942), Santa Luzia e Rainha Santa; as Suites Portuguesas 1 e 2, e as cerca de quinze Rapsódias, das quais a número oito, de todas a mais popular, é, ainda hoje, ocasionalmente tocada.
Em Outubro de 1933 foi agraciado com o grau de Cavaleiro da Ordem Militar de Santiago da Espada.
A sua última residência foi no Largo de S. Domingos, em Viana do Castelo, onde faleceu no dia 16 de Dezembro de 1943, com 57 anos. Foi sepultado no Cemitério Municipal, no talhão destinado aos Antigos Combatentes da Grande Guerra. 

Fonte: https://anossamusica.web.ua.pt/

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